Omar Aziz, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, declarou nesta quarta-feira (28) durante uma entrevista que a investigação entrará para a história, caso a mesma conte com líderes que se atenham à proatividade com o objetivo de buscar respostas que garantam que o assunto não seja “esvaziado” e ignore a responsabilidade dos culpados ao final da investigação.
“É a CPI das CPIs. É completamente diferente. Antes, quando abria uma CPI estancava os desvios, a abertura da CPI da Covid-19 não estanca o vírus”, declarou o senador.
Aziz – que já foi alvo de investigação por suspeita de desvio milionário da saúde do Amazonas entre 2010 e 2014, quando governou o estado – defendeu que a comissão precisa atuar de forma célere, se desvencilhando de debates políticos para que possam gerar soluções e responsabilizar devidamente os envolvidos no desvio de renda e culpados pela alavancagem das mortes.
“Eu, como presidente da CPI, quero uma comissão extremamente técnica. Não quero levar para o campo político porque isso não vai trazer ninguém de volta e muito menos vai ajudar a salvar vidas que poderão se perder durante a pandemia”, alegou.
De acordo com as informações concedidas pelo senador em sua entrevista à CNN Brasil, o plano de trabalho será decidido na próxima quinta (29), junto com a análise dos requerimentos. Contudo, Aziz afirmou que as figuras com prioridade na escuta (antes da definição das pautas do colegiado) serão os gestores públicos que em algum momento ocuparam o cargo de ministro da saúde.