Considerado por muitos militares o nome mais respeitado das Forças Armadas na atualidade, o general Eduardo Villas Boas, ex-comandante do Exército entre 2015 e 2019 e assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) até o primeiro semestre desse ano, voltou a se manifestar sobre os atuais desdobramentos políticos no Brasil.
“A população segue aglomerada junto às portas dos quartéis pedindo socorro às Forças Armadas”, escreve o general em uma nota divulgada em suas redes sociais, e rapidamente compartilhada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
“Com incrível persistência, mas com ânimo absolutamente pacífico, pessoas de todas as idades, identificadas com o verde e amarelo que orgulhosamente ostentam, protestam contra os atentados à democracia, à independência dos poderes, ameaças à liberdade e dúvidas sobre o processo eleitoral”, completa o texto.
O militar da reserva também fez críticas à imprensa, afirmando que a tentativa de fazer parecer que os atuais protestos não possuem relevância, só inflamará ainda mais os atos nas ruas do país.
“Talvez nossos jornalistas acreditem que, ignorando a manifestação de milhões de pessoas, elas desaparecerão (…). A mídia totalmente controlada nos países da Cortina de Ferro não impediu a queda do Muro de Berlim”, disse ele.
Hoje, também foi vazada a notícia de que o Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, pedirá a anulação das eleições, após uma auditoria privada contratada pela sigla concluir supostas irregularidades nas runas anteriores ao modelo mais atual, o que deverá inflamar ainda mais os protestos.
A nova manifestação de Villas Bôas, por si, representa mais combustível para o ânimo dos manifestantes, uma vez que o general, mesmo na reserva, é visto como alguém extremamente influente nas decisões dos generais da ativa. Leia a íntegra da sua nota, abaixo: