Marcelo Queiroga, o recém nomeado ministro do Saúde, relatou em seu primeiro encontro oficial com a OMS (Organização Mundial da Saúde) que a situação quanto à pandemia no país se encontra num estado alarmante, como alegado por Tedros Adhanom Ghebreyesus, o diretor-geral da entidade.
“Começamos por como a situação é séria no Brasil, ele começou por descrever a situação, que realmente é alarmante”, afirmou Ghebreyesus, respondendo a uma pergunta sobre o conselho que teria sido passado ao ministro.
De acordo com o diretor da OMS, ambos chegaram num acordo de manterem contato constante, promovendo reuniões entre especialistas que atuam em vários níveis de combate à Covid-19.
Atualmente o Brasil se encontra como um dos países mais atingidos pela pandemia do Covid-19, ultrapassando os 330 mil mortos e com cerca de 13 milhões de infecções já registradas desde o começo da pandemia.
Sendo o quarto a assumir o cargo de ministro da saúde, Queiroga tem defendido a nomeação de médicos especialistas para o ministério, e tem apoiado publicamente a politica de distanciamento social para reduzir o número de cidadãos infectados pelo vírus.
No ano passado, houveram controvérsias envolvendo o atual presidente Jair Messias Bolsonaro e o presidente da OMS, iniciadas quando Bolsonaro criticou Ghebreyesus, afirmando que não seguiria as instruções do mesmo para o combate ao coronavírus pelo fato do representante da organização não ser médico.
A OMS, por sua vez, esteve tratando a situação com cautela e evitando se referir ao presidente Bolsonaro de maneira direta, muito embora já tenha feito críticas ao Brasil em tom intervencionista.
O início de um diálogo entre Queiroga e Ghebreyesus, por outro lado, indicando a possibilidade de futuras conversas entre os mesmos, pode ser um aceno do governo brasileiro no sentido de se manter aberto a sugestões positivas por parte da OMS.