O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), órgão criado e controlado pelo próprio governo do ditador Nicolás Maduro, anunciou horas atrás que o atual presidente venceu as eleições presidenciais no país realizadas no último domingo, contrariando, assim, todas as projeções que davam vitória com larga margem de vantagem para o seu opositor, Edmundo Gonzáles, apoiado pela líder oposicionista Maria Corina Machado.
De acordo com o CNE, Maduro teria obtido cerca de 5 milhões de votos, enquanto Edmundo cerca de 4,5 de votos. O órgão, contudo, vem sendo acusado pela oposição de manipulação, visto que não teria apresentado as atas contendo o resultado dos votos dos eleitores.
Em face a isso, países como Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e República Dominicana já anunciaram que não vão reconhecer o resultado anunciado pelo CNE, com o governo venezuelano reagindo, dizendo que essas nações estariam atentando contra a democracia nacional.
Por meio do seu Secretário de Estado, Antony Blinken, os Estados Unidos também manifestaram desconfiança quanto à eleição venezuelana. “Temos sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflete a vontade ou os votos do povo venezuelano”, disse ele.
“A comunidade internacional está observando isso de perto e responderá adequadamente”, completou o secretário americano. Até o momento, o governo brasileiro não se manifestou oficialmente.
Enquanto isso, opositores de Maduro acusam o governo de fraude eleitoral e exigem o reconhecimento de Edmundo Gonzáles como o legítimo presidente eleito da Venezuela, com cerca de 60% dos votos, segundo projeções internas.