O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, elogiou a nota oficial divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro no começo da noite de ontem, após reunião com o ex-presidente Michel Temer. Segundo o senador, o tom moderado e conciliador do texto é o que o Brasil precisa no atual momento de tensão entre os poderes da República.
“A declaração à nação do presidente Jair Bolsonaro, afirmando inclusive que a ‘harmonia entre os Poderes é uma determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar’, vai ao encontro do que a maioria dos brasileiros espera”, disse ele através das redes sociais.
“É disso que o Brasil precisa e que vamos continuar defendendo”, destacou o senador. A nota do presidente, porém, dividiu opinião entre os apoiadores do próprio governo. Alguns viram no texto uma demonstração de fraqueza em um momento em que deveria ser o contrário.
“O sistema declarou guerra ao povo. O presidente sucumbiu ao sistema”, afirmou o jornalista e comentarista político Rodrigo Constantino. Em referência às críticas de Bolsonaro aos ministros do STF, incluindo declarações de que não irá mais obedecer ordens de Alexandre de Moraes, Constantino fez uma analogia pessoal
“Meu pai sempre me disse sobre ter armas: filho, se sacar, tem que estar disposto a puxar o gatilho. Eu tenho uma pistola pois sei que puxaria o gatilho para proteger minha propriedade e minha família. Mostrar arma e não atirar, ou puxar um revólver sem bala, isso é mortal”, afirmou o jornalista.
A base governista, por outro lado, saiu em defesa do presidente. O Ministro do Trabalho e Previdência, por exemplo, Onyx Lorenzoni, afirmou que a nota de Bolsonaro foi um gesto de grandeza e humildade, o qual teria por objetivo desmontar as acusações de que ele pretendia dar um “golpe” no Brasil. Assista a fala dele, abaixo:
https://twitter.com/onyxlorenzoni/status/1436130579284643841