Enfrentando uma das maiores crises de audiência da sua história, segundo a mídia especializada, a Rede Globo resolveu dar um passo que visa reduzir seus custos operacionais, optando pela venda da sua histórica sede em São Paulo, local que agora passará a utilizar mediante o pagamento de aluguel nos próximos 15 anos.
“A emissora assinou um contrato de sale & leaseback com a Vinci Real Estate para continuar a ocupar o espaço pelos próximos 15 anos – com a possibilidade de renovar por outros 15. O objetivo é reduzir custos”, informou o Notícias da TV.
A sede em São Paulo foi vendida por R$ 522 milhões. As instalações têm 39.000 m² de área bruta e 56.000 m² de área construída. O terreno tem cerca de 43.000 m² e possui espaços dedicados ao fundador da empresa, como o Edifício Jornalista Roberto Marinho, o “JRM”.
Há também 3 módulos de produção, uma área de apoio, 2 heliportos e cerca de 1.500 vagas de estacionamento, segundo informações do Poder360. A notícia sobre a venda da sede vem sendo vista como um sinal da crise de audiência que a Globo vem enfrentando este ano.
A emissora, no entanto, afirmou em comunicado que a transação faz parte da reestruturação do seu novo modelo de negócio e produção. “A empresa vem buscando ampliar a sua eficiência através da captação de novas fontes de receita, da racionalização na gestão de custos e da ampliação da sinergia entre suas operações, gerando valor em tudo o que faz”, diz, em nota.
Contudo, o Notícias da TV também divulgou recentemente que a Globo conseguiu a aprovação do Cade (Conselho de Administração de Defesa Econômica) para vender 17 torres da emissora em todo Brasil para o grupo IHS Brasil.
A emissora justificou que era “uma oportunidade de desinvestimento de ativos, proporcionando a redução de custos com uma atividade secundária ao negócio principal”. Além das vendas de parte da sua estrutura física, a Globo também tem realizado várias demissões de figuras de peso do seu elenco.