O ex-candidato à presidência da República, Alvaro Dias, concedeu uma entrevista à jornalista Rachel Sheherazade onde falou sobre a repercussão das manifestações ocorridas no último dia 7, quando só em Brasília cerca 400 mil pessoas foram às ruas externar apoio ao presidente Jair Bolsonaro e pedir o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o senador, os atos do dia 7 foram “antidemocráticos”. Sem apresentar dados objetivos para comprovar a sua fala, Alvaro Dias disse que os milhares de cidadãos brasileiros que tomaram as ruas em várias cidades do Brasil estavam “condenando a democracia” e “afrontando as instituições”.
“Foi uma pauta terrivelmente antidemocrática. É óbvio que nós gostamos da festa cívica, é evidente. Grandes movimentos populares, grandes concentrações populares. Tivemos, historicamente, incríveis concentrações populares. Por exemplo, a campanha das Diretas Já. Eu tive a primazia de ser o organizador do primeiro grande comício pró-Diretas Já”, disse ele.
Na sequência, se referindo ao dia 7, Alvaro Dias disse que “neste caso, esse pretexto de defender liberdade de expressão condenando a democracia, afrontando as instituições democráticas, não passa de um pretexto ridículo”.
Quanto à possiblidade de impeachment do presidente Bolsonaro, o senador insinuou que isso não seria possível porque os parlamentares teriam se envolvido numa espécie de acordo envolvendo o repasse de verbas públicas. Mais uma vez, contudo, ele não apresentou provas para embasar a sua opinião.
“Eu devo vender ilusões, devo me transformar num vendedor de ilusões? Já temos demais no país encantadores de serpentes. Eu creio que não. Eu não acredito na hipótese da instauração do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados, em razão do esquema que foi arquitetado e montado com muito dinheiro público”, disse ele.
“Eu não acredito na instauração do processo de impeachment, e, por isso, não quero frustrar ainda mais aqueles que acreditam na hipótese”, completou o senador. Veja também:
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