Alvo de um dos mandados de prisão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, o pastor Fabiano Oliveira continua em frente ao quartel do Exército em Vila Velha, na Grande Vitória, Espírito Santo. Isso, porque, segundo informações da Polícia Federal, os agentes não possuem recursos suficientes para efetuar a detenção do religioso.
“Nós estivemos lá, o advogado dele chegou a falar que ele ia se entregar, mas ele mudou de ideia na última hora. No meio da multidão não há segurança para efetuar a prisão (colocaria em risco ele, os policiais e os manifestantes)”, explicou Eugênio Ricas, superintendente da PF no Espírito Santo.
“Como somos polícia judiciária, não temos efetivo, nem equipamentos menos letais para atuar imediatamente numa situação como essa, sem gerar riscos para todos os envolvidos”, acrescentou o superintendente, segundo a Rede Gazeta.
A informação é de que o pastor continua acampado na frente do 38° Batalhão de Infantaria. Por meio das redes sociais, também circula a informação de que Fabiano Oliveira chegou a ser protegido pelos manifestantes que estão no local, os quais teriam impedido a aproximação dos agentes da PF.
O comandante do batalhão do Exército confirmou a informação sobre a presença do pastor, mas negou que ele estivesse recebendo proteção dos militares. “Desde que a ordem de prisão foi dada, ele [Fabiano Oliveira] permanece aqui, junto com os manifestantes que ficam permanentemente e aqueles que vêm aqui [na frente do 38º BI]. Não mudou nada na manifestação”, afirmou o coronel Rodrigo Penalva.
“Desde que as manifestações começaram, fizemos uma delimitação da área para controle do acesso. […] Não foi ampliada área militar para dar guarida a ninguém. Se é legal ou não a prisão, se é justa ou não, não estou discutindo isso, mas o Exército não tem prerrogativa de dar guarida a ninguém”, declarou Penalva.