A cidade do Rio de Janeiro e Niterói anunciaram juntas, no dia 22 de março, a implantação de medidas restritivas que estariam incluindo o fechamento de serviços considerados não essenciais. Porém, enquanto a capital do estado optou por flexibilizar as atividades a partir da sexta-feira (09), a vizinha estendeu as medidas até o dia 18 deste mês, e adicionou alguns elementos ainda mais restritivos.
As informações a respeito podem ser encontradas no decreto assinado na último sábado pelo prefeito Axel Grael (PDT), que fora publicado no Diário oficial do Município.
Segundo a CNN Brasil, é estabelecido pela nova norma que “a saída da residência deve se dar apenas por motivos de trabalho, compra de gêneros alimentícios, ida a farmácias, por motivos médicos ou para ida a estabelecimentos cujo funcionamento esteja permitido, por conta de atividade permitida”, estabelece um trecho do texto.
Deste modo, está proibida a entrada de táxis e veículos de aplicativos de outras cidades. Bares e restaurantes estão limitados a serviços de delivery, e o take away, que vinha sendo permitido, agora está proibido de vez. As aulas presenciais estão liberadas apenas para crianças, e os eventos religiosos presenciais devem ser realizados com até 10% da capacidade total.
“Nós estamos vivendo o pior momento dessa pandemia, com número de óbitos chegando a níveis inesperados lá no início dessa crise. Não podemos esquecer que estamos passando por um momento muito difícil em Niterói. No momento, a taxa de ocupação nas UTIs públicas está em 82% e 90% nas privadas”, explicou o prefeito.
Além disso, foram também acrescentadas novas restrições para os supermercados, que durante este período só poderão vender produtos considerados como “essenciais”, tais como utensílios de higiene e limpeza. Ou seja, o governo local passou a determinar o que é ou não considerado útil para os consumidores, uma decisão que vai muito além do mero lockdown.
Segundo o Painel Coronavírus Covid-19 da Secretaria de Saúde, a cidade conta com uma taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva de 92%, tendo 83% nos de enfermaria da Covid-19.