O presidente Jair Bolsonaro, ainda sem partido, voltou a criticar o que ele considera perseguição por parte da oposição no tocante à sua gestão durante a pandemia, sugerindo que parte disso ocorre porque ele não estaria agindo conforme o “politicamente correto” em vários aspectos, o que seria mais fácil se estivesse “do outro lado”.
“Para mim seria mais cômodo ficar do lado desse pessoal, mas não é assim que funcionam as coisas. Se eu estivesse pensando em reeleição, estaria do outro lado, do politicamente correto, teria fechado o país com lockdown”, afirmou o presidente durante a sua última live semanal, na quinta-feira (30).
Bolsonaro citou o depoimento do empresário Luciano Hang na CPI da Pandemia, afirmando que ele, assim como outros, estariam sofrendo perseguição por defenderem o chamado “tratamento inicial”, o qual apesar de ter o apoio de vários especialistas médicos dentro e fora do Brasil, virou alvo de uma campanha de narrativas contrárias por parte de setores da imprensa e da política.
“Ontem o depoimento do Luciano Hang, eu assisti parte daquilo. O fiasco. Eu tenho vergonha desse G7 que está lá. Não conseguiram nada. É o tempo todo tentando criminalizar as pessoas que defendem o tratamento inicial”, afirmou o presidente.
O presidente também voltou a criticar o chamado “passaporte sanitário”, medida tomada em vários municípios do país como forma de obrigar a vacinação daqueles que ainda se recusam a se vacinar.
Também na quinta-feira, neste sentido, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, derrubou a decisão do desembargador Paulo Rangel, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que suspendia a imposição do passaporte sanitário na cidade carioca, restaurando assim, portanto, o decreto do prefeito Eduardo Paes.