Rachel Sheherazade, jornalista que ficou popular por ser apresentadora do telejornal SBT Brasil, mas que foi demitida pela emissora em Agosto de 2020, virou alvo de críticas após vir à tona um processo aberto por ela contra o apresentador Silvio Santos.
Após sua demissão, Rachel entrou na justiça com um pedido de indenização de R$20 milhões contra o SBT, alegando que nunca havia recebido nenhum direito trabalhista (tal como férias remuneradas e 13º salário), muito embora a mesma tenha sido contratada como pessoa jurídica, e não física.
Porém, outra medida também chamou atenção do grande público. Se trata da acusação de que Silvio Santos teria cometido assédio moral e humilhação em rede nacional. A defesa de Sheherazade alega que a mesma teria sido vítima de censura e boicote pela chefia do jornalismo dentro da emissora, assim como de uma “atitude machista” do apresentador.
Um dos eventos destacados pelos advogados de Sheherazade ao explicar a causa da acusação foi a cerimônia de Troféu Imprensa do dia 9 de abril de 2017. Em dado momento da cerimônia, a então funcionária do SBT subiu ao palco para receber o troféu destinado à melhor apresentadora do telejornal em 2016.
No processo em questão destaca-se a seguinte fala de Silvio: “Eu te chamei aqui para você continuar com a sua beleza, com a sua voz, foi para ler as notícias, e não dar a sua opinião. Se quiser falar sobre política, compre uma estação de TV e faça por sua conta própria conta”.
De acordo com a defesa de Seherazade, o dono da emissora apresentou um comportamento depreciativo, preconceituoso, vexatório, humilhante e constrangedor, assim como uma atitude “nitidamente machista” ao colocar a figura feminina numa posição na qual a beleza estética foi supervalorizada em detrimento dos atributos intelectuais.
Em contrapartida, é de conhecimento público que o dono da emissora sempre apresentou um comportamento bastante espontâneo, não se restringindo no momento de fazer elogios ou críticas à terceiros, o que tem sido alvo de críticas atualmente devido ao avanço da cultura do “politicamente correto”.