O presidente Jair Bolsonaro comentou em sua live semanal, na última quinta-feira (26/08), sobre o aumento nos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. Segundo o chefe do Executivo, o governo federal tem feito a sua parte para diminuir o custo final para o consumidor, uma vez que a alta desses produtos tem sido provocada, também, devido às oscilações do mercado externo, conforme já noticiado pela Tribuna de Brasília.
“O imposto federal é R$ 0,74, mas, no fim da linha, chega a quase R$ 7. Aí tem o frete, a margem de lucro dos postos e o grande mistério que é o ICMS, um percentual que os governadores cobram em cima do preço final da bomba. E não na origem”, argumentou o presidente.
Bolsonaro disse que tem procurado dialogar com alguns governadores, tentando convencê-los a abrir mão da arrecadação estadual no tocante a esses produtos, ao menos em parte. Ele explicou que o preço do gás de cozinha também segue a mesma lógica de custo, arrecadação e lucro.
“A mesma coisa tenho falado do gás de cozinha. Arredondando pra cima, um botijão custa R$ 50. Na ponta da linha, está chegando a R$ 130. Eu zerei os impostos federais para o gás de cozinha. O que pesa aí? ICMS, que é imposto estadual, o frete e a margem de lucro da ponta da linha”, afirmou.
“Eu comentei com um governador e fiz uma proposta para ver se é possível zerar o ICMS. Toda vez que tem renúncia de receita, tem que apresentar uma fonte alternativa. Como fiz no PIS/Cofins no gás de cozinha. Se ele conseguir, vamos entrar em uma outra briga: propor a venda direta”, destacou o presidente.
Por fim, Bolsonaro propôs um desafio aos governadores, pedindo que aceitem a redução ou exclusão total do ICMS, a fim de que os consumidores possam constatar qual será a diferença real no preço final do gás e dos combustíveis. Resta saber se o desafio será aceito ou rechaçado.
“Está caro. Mas não me critique. Eu zerei o imposto do gás de cozinha. E você, governador, está cobrando ICMS. Exatamente quem usa o botijão é o mais pobre. Vamos zerar o ICMS? O parlamento vai nos apoiar, com certeza”, concluiu o presidente.