O ano de 2022 será marcado, talvez, por uma das eleições mais acirradas e tensas da história do Brasil, e pensando em se prevenir contra possíveis manifestações, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resolveram investir em equipamentos de proteção, como granadas, munições e pistolas não letais.
“O STF tem histórico de decisões que garantem a liberdade de manifestação, porém, no passado recente, ações violentas e ameaças exigiram uma preparação maior para salvaguardar as instituições sem prejuízo das legítimas reivindicações”, diz um comunicado do Supremo.
No último dia 7 de setembro, quando só em Brasília cerca de 400 mil pessoas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, houve o receio de que os manifestantes invadissem os edifícios do Supremo, em protesto contra os ministros da Corte. Por causa disso, barricadas foram montadas bloqueando o acesso à praça dos Três Poderes.
A preocupação dos tribunais com 2022 não é diferente. Todavia, os equipamentos adquiridos, segundo a nota do STF, não são letais, pois visam dispersar e não provocar ferimentos graves.
“As granadas adquiridas, por exemplo, não são explosivas. Elas geram volume de fumaça com princípios ativos químicos para dispersar confrontos, preservando vidas e evitando o uso de armas de fogo e demais equipamentos de maior potencial ofensivo”, diz a nota, segundo o Metrópoles.
No caso do TSE, que também vem sendo alvo de críticas dos apoiadores o governo devido a decisões consideradas abusivas, o Tribunal comprou 39 mil projéteis de 9 mm da Companhia Brasileira de Cartucho em outubro deste ano, além de 30 pistolas com quatro carregadores e uma maleta.
Também foram comprados, por parte do TSE, 25 bastões antitumulto e armas de incapacitação neuromuscular. Todo esse aparato visa dar aos agentes de segurança do Tribunal, meios de reagir a confrontos com a população em caso de protestos mais agressivos, mas também preservando a vida dos cidadãos.