A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) no governo de São Paulo pretende obter na Justiça a autorização para tomar imóveis de traficantes de drogas que atuam na Cracolândia. A ideia é priorizar o arresto, mas, caso não seja possível, trabalhar pela penhora ou desapropriação dos locais utilizados pelo crime organizado.
A ideia vem depois de uma operação realizada contra o PCC nesta terça (6) que lacrou 44 estabelecimentos comerciais que estavam sendo usados pelos traficantes para atos ilícitos, segundo o Ministério Público. A operação, chamada de Salus et Dignitas (Saúde e Dignidade, do latim) previa a prisão de chefes do tráfico e a apreensão de provas para continuar a investigação que começou em julho do ano passado.
“O CDHU e a Secretaria de Habitação vão estudar cada um dos imóveis. Vamos ver as possibilidades de retrofit e utilização dos imóveis com o principal objetivo de habitação social”, disse à CNN o vice-governador Felício Ramuth, responsável pela força-tarefa da Cracolândia, que também envolve outros órgãos públicos e a prefeitura da capital paulista.
“Esse estudo irá levantar todas as matrículas e verificar as dívidas e condições dos imóveis. O próprio Ministério Público pode pedir o sequestro ou arresto em favor do governo ou da prefeitura”, completou ele.
Na lista há até um hotel de 15 andares localizado na Rua Capitão Salomão, na Santa Ifigênia, centro de São Paulo. Como ele há outros 19 hotéis, 15 centros de reciclagem (também conhecidos como ‘ferro velho’), quatro lojas de celulares, três estacionamentos e dois comércios na Favela do Moinho. Todos foram lacrados. Fonte: CNN Brasil