O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, participou hoje de um debate na Câmara dos Deputados acerca do voto impresso e das “fake news” no Brasil, ocasião em que ele criticou quem faz uso de termos religiosos para atacar às instituições e autoridades públicas.
Se referindo a esse tipo de ataque, o ministro declarou que tais pessoas “escrevem coisas horríveis. Tem uma espécie de cristianismo do mal no Brasil, uma inovação horrorosa, em que o sujeito fala: ‘Em nome de Deus, eu quero que você morra, em nome de Jesus, eu quero que sua família seja destruída’”, pontuou.
“Quer dizer, é tão absurdo isso, pessoas totalmente do mal que invocam a religiosidade das pessoas”, completou Barroso. O ministro também ironizou o fato de algumas críticas lhe fazerem recomendações curiosas, como a leitura da Constituição e da Bíblia Sagrada.
“Toda semana, às sextas-feiras eu sempre posto uma sugestão de livro, música e poesia. E todas as semanas, essa é a parte divertida, me mandam ler a Constituição e a Bíblia. Justo eu que passei a minha vida lendo a Constituição e ainda sou filho de mãe judia e pai católico, de modo que eu li o Velho Testamento e o Novo Testamento”, destacou.
Ainda na Câmara, Barroso também falou contra o voto impresso no Brasil, mas deixou claro que se o Congresso Nacional aprovar a medida, o Tribunal Superior Eleitoral fará a sua parte, acatando a decisão. Veja mais:
Barroso admite que se o voto impresso for aprovado, o TSE vai acatar: “Cumpriremos”