O filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, lançado na Netflix em 2017, passou a repercutir negativamente neste final de semana, após influenciadores divulgarem o trecho de uma cena onde o personagem do ator Fábio Porchat assedia sexualmente dois adolescentes, pedindo para eles “baterem uma punheta pro tio”.
Baseado no livro do apresentador Danilo Gentilli, o roteiro do filme foi elaborado pelo próprio apresentador, e também por Fabrício Bittar e André Catarinacho, tendo em seu elenco o ator Fábio Porchat, entre outros.
Na cena polêmica, o personagem de Porchat tenta abusar sexualmente de dois adolescentes, pedindo para ser masturbado por eles, alegando que seria uma prática “normal”. Nas redes sociais, vários internautas e figuras públicas se manifestaram, acusando o filme de fazer apologia à pedofilia.
“Como algo nojento desse tipo está na Netflix todo esse tempo? Como foi liberado? A cena retrata claramente um pedófilo abusando de menores, mas em tom de banalidade e normalidade! Isso é apologia à pedofilia”, criticou a psicóloga Marisa Lobo, presidente do PTB do Paraná.
Marisa explicou que o abuso sexual de crianças e adolescentes não é uma temática de comédia. “Pedofilia não é motivo de piada”, destacou a psicóloga, que também se dirigiu a o programa The Noite, apresentado por Gentilli no SBT.
“O abuso sexual de crianças e adolescentes NÃO É COMÉDIA! É inacreditável, repugnante e uma monstruosidade retratar algo tão absurdo e sério, motivo de sofrimento para milhares de crianças vítimas de PEDÓFILOS, como se fosse ‘normal’ e motivo de piada!”, frisou a psicóloga.
O deputado estadual André Fernandes também gravou um vídeo criticando o filme, Gentilli e Porchat. Ele disse que falou com a ministra Damares Alves, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e que a mesma já confirmou que tomará providências.
“A Ministra Damares já está cuidando do caso! Acabei de conversar com ela. Essa explícita apologia ao abuso sexual infantil, encenado por Fábio Porchat, no filme que está no catálogo da Netflix, não pode ficar impune”, disse ele. Assista o trecho polêmico, abaixo: