Após uma aluna de 14 anos acusar um professor de ter cometido assédio sexual contra ela, o pai da jovem não conteve a sua revolta e decidiu tirar satisfações pessoalmente com o docente, na sala de aula, o que terminou acabando em uma ‘surra’, dois boletins de ocorrência e dois atendimentos hospitalares.
O caso ocorreu na Escola Estadual Professora Lídia Onélia Kalil Aun Crepaldi, em Cosmópolis, a cerca de 115 quilômetros de São Paulo, na última segunda-feira (6). A jovem contou detalhes do ocorrido ao falar com uma afiliada da TV Globo.
Segundo a aluna, o professor teria firmado que “se não estivesse casado, transaria com ela”. “Eu fingi que não tinha ouvido, ele falou de novo. Aí eu fiquei parada, assim, porque eu fiquei em choque, né? Eu não tava conseguindo ficar na sala, aí eu fui pro banheiro, liguei pra minha mãe chorando, tava desesperada”, contou a jovem.
A aluna prosseguiu no relato, dizendo que conseguiu falar por telefone com a sua mãe. “Ela me ligou, falou com meu pai, meu pai mandou mensagem, eu mandei um áudio pra ele de dentro do banheiro, depois eu fui na sala de novo, pegar minha mochila, e depois fiquei lá no pátio e meu pai chegou”, explicou a adolescente.
“Não é a primeira vez que aconteceu isso, não foi só comigo, mas também com outras meninas. Não apenas de falar, mas passar a mão no cabelo, ficar apertando a nossa perna e tocar na nossa cintura… tendo uma intimidade que não existe entre professor e alunas”, disse a aluna.
Ao se deparar com o professor na sala de aula, o pai da aluna partiu para cima dele com socos e chutes. Ao tentar separar a briga, outro professor também acabou agredido e ambos os docentes precisaram de socorro médico. Tudo foi gravado por alunos e o vídeo divulgado nas redes sociais.
Ao falar por telefone com a imprensa, o pai da jovem admitiu que fez errado ao agredir o docente, em vez de seguir o devido processo legal. Todavia, ele argumentou que não se conteve e que espera o cumprimento da Justiça.
“Mesmo estando certo, a gente agrediu, perde a razão, né? A agressão se torna um erro. Mas… Como pai… Não sei se você é pai, talvez se você for pai, talvez sua atitude seria a mesma, né? E que a justiça seja feita”, disse o pai da aluna. Assista o vídeo abaixo: