O historiador Marco Antonio Villa, professor aposentado da Universidade Federal de São Paulo, escritor e comentarista político, causou indignação em usuários das redes sociais ao afirmar numa gravação que a população que deverá participar da manifestação marcada para o dia 7 de setembro deve “assumir” quem é, usando para isso uma suástica nazista no braço.
Em sua declaração, Villa rotula os manifestantes de “bolsonaristas” e faz parecer que o ato programado para o Dia da Independência não é fruto de uma demanda democrática, e com o apoio natural de parte da população, mas sim de um movimento fascista de caráter “genocida” e autoritário.
“Vocês não podem pegar uma bandeira que não é de vocês, que tem uma tradição de lutas, que tem uma tradição gloriosa. Vocês apoiam um governo genocida de um ladrão”, afirma o historiador. “Eles têm que assumir o que eles são. Eu sugeri hoje, inclusive numa conversa no UOL, de que forma? Os bolsonaristas têm que colocar aqui [apontando para o braço] uma suástica, e aqui o fascio.”
Villa completou: “Tirem as suas mãos sujas que pingam sangue de nazifascistas do nosso panteão, da nossa bandeira… a bandeira é nossa!”. Após a declaração, usuários e figuras públicas reagiram. O deputado federal Eduardo Bolsonaro sugeriu que o professor estivesse perdido a sanidade mental.
“Ainda não interditaram?”, ironizou Eduardo. Em referência ao jornalista Reinaldo Azevedo, o também jornalista e escritor Rodrigo Constantino ironizou: “Villa ou Tio Rei? É difícil saber qual afundou mais na loucura…”.
Um seguidor sugeriu que Villa teria cometido crime: “A imputação de crime, como fascismo e nazismo, é crime de calúnia no Brasil, previsto na Legislação Penal (art. 138) e punível com detenção, de seis meses a dois anos, e multa.”
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Recentemente, o desembargador José Carlos Ferreira Alves, da 2ª câmara de Direito Privado do TJ/SP, concedeu liminar e determinou que Villa retirasse das suas redes sociais vídeos onde fez declarações sobre o empresário e um dos presidentes do PTB, Otávio Fakhoury, conhecido nas redes como “Faka”, que também apoia o presidente Jair Bolsonaro.
O empresário apontou que nas gravações Villa citou o seu nome explicitamente, chegando a lhe chamar de “nazifascista”, “nazifascistinha”, “nazi”, “clocaca”, “hitlerista” e “antissemita”, caracterizando assim um nítido abuso do direito à liberdade de expressão, segundo o Migalhas.
Sobre as declarações atuais do historiador, Faka também voltou a dizer que foi citado e repudiou a atitude do comentarista: “Villa reitera as calúnias e injúrias gravíssimas, ao repetir que apoiadores do gov JB seriam genocidas e nazistas, e dessa vez me cita nominalmente via um subterfúgio, qdo se refere a mim como “garfo” (em face da notificação p/ se abster d se referir a mim tbem pelo apelido Faka)”, escreveu. Assista:
https://twitter.com/opropriofaka/status/1430378011375939586