A indicação do advogado Cristiano Zanin para ocupar a vaga do ex-ministro Ricardo Lewandowski, no Supremo Tribunal Federal (STF), continua provocando repercussões diversas, especialmente com a divulgação de informações relativas à sua atuação em favor do Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com informações divulgadas pelo Metrópoles, Zanin recebeu nos últimos anos nada menos que R$ 2,9 milhões por “serviços de consultoria jurídica” pagos pelo partido de Lula.
Os honorários advocatícios são legítimos e foram pagos mediante os recursos de uma conta que o PT recebe doações privadas, como de empresários, e não da conta abastecida com recursos do fundo partidário, comunicou o portal.
No entanto, a relação próxima de Zanin com o PT e, precisamente, Lula, que o indicou para o STF, é o que mais tem incomodado os críticos do governo e até mesmo parte dos simpatizantes, os quais enxergam conflito ético na recomendação.
Outro fator que tem chamado atenção é que Zanin não possui graduações importantes, academicamente falando, para alguém cotado para assumir uma vaga na mais alta Corte do país, o STF. O advogado não possui títulos de mestrado e doutorado, tendo apenas uma pós-graduação em direito processual-empresarial.
Para a ocupação de uma vaga no STF não é obrigatório possuir títulos de mestre e doutor, nem mesmo de especialista (pós-graduação), sendo exigido apenas “notório saber jurídico”. No entanto, por se tratar do posto mais avançado da magistratura nacional, espera-se que o postulante à vaga tenha graduações que indiquem o seu profundo domínio do Direito, uma vez que isso também envolve a reputação da Corte em nível internacional.