Um suposto desvio de R$ 43 milhões do Ministério da Saúde, durante a gestão do então ministro Henrique Mandetta, ganhou repercussão durante esta semana, após a denúncia feita em vídeo pelo deputado Hildo Rocha (MDB-MA).
Na gravação, o deputado diz que há “fortes evidências” de que foram desviados R$ 43 milhões da Saúde para beneficiar o prefeito da cidade de Imperatriz, no Maranhão, Assis Ramos, que havia se filiado ao Democratas, cuja “principal estrela” é o ex-ministro Henrique Mandetta.
“Falei perante o presidente Rodrigo Maia sobre as acusações de corrupção com o dinheiro do Ministério da Saúde, em Imperatriz, por entender que são muito graves. A acusação, a meu ver, tem muito sentido, porque após, uma reunião do ministro Mandetta com o prefeito de Imperatriz, Assis Ramos, ele se decidiu imediatamente por ingressar no mesmo partido político do ministro”, afirmou Hildo.
“O mais grave é que após a filiação o município de Imperatriz recebeu R$ 43 milhões de reais em menos de uma semana, oriundos do Fundo Nacional de Saúde. Recursos esses de responsabilidade exclusiva do ministro da saúde, Henrique Mandetta”, completou o deputado.
Segundo o Portal do Frei, de onde surgiu a denúncia inicial, os R$ 43 milhões, no entanto, teriam desaparecido. “Em março deste ano, o Vereador Presidente da Câmara Municipal de Imperatriz, José Carlos Soares Barros, disse que os R$ 43 milhões de reais enviados pelo governo federal, sumiu através de notas fiscais frias, o vereador usou o termo, ‘notas fiscais compradas'”, afirma o site.
O caso chegou a ser noticiado pela revista Veja em uma matéria onde acusa a “máquina bolsonarista” de tentar levantar um “dossiê-Mandetta”, usando a denúncia feita pelo deputado Hildo como instrumento de ataque contra o agora ex-ministro.
A própria Veja, no entanto, na época em que Mandetta foi indicado para o Ministério da Saúde, fez questão de relembrar uma investigação contra o ex-ministro. “Deputado federal, que terá o segundo maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, é alvo de inquérito relativo ao período em que foi secretário em MS”, diz uma matéria da revista publica em novembro de 2018.
Assista o vídeo em que o deputado Hildo Rocha faz sua denúncia abaixo: