Desde o início do mandato do presidente Jair Bolsonaro, Joice Hasselmann vem trocando farpas com seus apoiadores. Chamada de “Frota de saias” por alguns, em referência ao ex-ator pornô Alexandre Frota, que também rompeu com à ala bolsonarista, a deputada agora parece estar disposta em resgatar alianças.
Joice, contudo, faz parecer que a visibilidade do PSL, partido pelo qual Bolsonaro se candidatou e se elegeu presidente da República em 2018, já existia antes do então deputado se filiar à sigla, e não o contrário. Ou seja, que foi graças ao atual presidente que o partido cresceu exponencialmente.
“Nós somos 53 votos. O presidente da República não vai contar com os votos do PT, que é a maior bancada. Ele tem o PSL como segunda maior bancada. E se tiver um pouco de juízo vai querer fumar o cachimbo da paz com o partido”, disse ela em uma entrevista para o Bastidores do Poder, da rádio Bandeirantes.
“Eu, como líder, estou disposta a fumar o cachimbo da paz. Eu não gosto de cigarro nem nada disso, mas o cachimbo da paz com o presidente a gente fuma, a gente conversa, se for para defender os interesses do Brasil”, completou a deputada.
Antes disso, Joice Hasselmann deu a entender que a ruptura do PSL com Bolsonaro e seus apoiadores não foi algo positivo para ambos os grupos, reforçando a narrativa de que o presidente precisaria mais do partido, do que o partido do presidente.
“O partido tem feito o dever de casa apesar do presidente, apesar de todas as provocações que faz, da forma como tem tratado o partido. Fomos um partido que estendeu a mão para ele quando ninguém queria saber quem era Jair Bolsonaro […] Foi uma separação litigiosa, uma bobagem, não precisava ser assim”, afirmou Joice, segundo o UOL.