Sérgio Moro negou, após sua saída do governo, que tenha pedido ao presidente Jair Bolsonaro sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, em janeiro deste ano, ele admitiu que “gostaria” de ser um dos nomeados para a Corte Suprema.
“É uma perspectiva interessante e natural na minha carreira. Venho da magistratura”, disse Moro numa entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan. Na ocasião, ele afirmou ao jornalista Augusto Nunes que o presidente só tomará a decisão na hora, mas admitiu que “gostaria” que seu nome fosse um dos escolhidos.
Bolsonaro deverá indicar dois ministros ao STF nas vagas de Celso de Mello (novembro de 2020) e Marco Aurélio Mello (julho de 2021), que serão aposentados compulsoriamente ao completarem 75 anos de idade.
“Tem muita gente querendo enfraquecer o governo me tirando de lá. Eu, como ministro do governo, tenho de evidentemente apoiá-lo [Bolsonaro], não tem outra alternativa”, ponderou Moro na ocasião.
Por fim, o ex-ministro afirmou que via o presidente sendo reeleito em 2022: “O presidente está dando apoio às políticas da pasta [de Justiça e Segurança Pública]. Ele está honrando o compromisso que assumimos juntos […] Ele vai terminar o mandato, provavelmente vai ser reeleito, vai terminar o outro mandato, e a democracia vai continuar igual […] A imprensa podia dar uma folguinha e destacar o lado positivo do governo”, previu.