O nome nome a ocupar a cadeira do ministério da Justiça é do advogado André Mendonça. Ele já atuava como advogado-geral da União, o que pode ter facilitado a escolha do presidente Jair Bolsonaro a seu favor.
Além de pastor evangélico de uma igreja presbiteriana em Brasília, Mendonça possui um extenso currículo na área jurídica, onde se destaca seu trabalho voltado para o combate à corrupção.
Após concluir uma especialização na Universidade de Brasília, ele fez mestrado pela Universidade de Salamanca (Espanha), com dissertação sobre “Corrupção e Estado de Direito”.
Mendonça também recebeu a avaliação mais alta pela tese de doutorado “Estado de Derecho y Gobernanza Global” (Estado de Direito e Governança Global) na mesma instituição, onde dedicou a maior parte do tempo da sua formação.
Antes da confirmação de André Mendonça feita pelo Diário Oficial da União na manhã desta terça-feira (28), o nome mais cotado para assumir a Justiça era de Jorge Oliveira, mais próximo da família presidencial e com quem Bolsonaro já trabalhou enquanto parlamentar.
A escolha de Mendonça, no entanto, parece ter sido uma opção mais assertiva do presidente, uma vez que o mesmo estava sendo alvo de críticas por cogitar a indicação de alguém muito próximo a ele.
Apesar do agora ex-advogado da União ter relação com o presidente, esta não é tão próxima quanto a de Jorge Oliveira, o que deve afastar, por hora, boa parte das críticas relacionadas às acusações do ex-ministro Sérgio Moro sobre a suspeita de interferência do presidente sobre a Polícia Federal.