As fake news na política brasileira foram estreadas pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e seu marqueteiro, João Santana. A afirmação partiu da ex-senadora Marina Silva (Rede), em uma entrevista concedida ao Uol.
“Quando ela [Dilma] foi para a Casa Civil, tivemos divergências, mas nada mais do que isso. Tivemos um debate civilizado. Mas em 2014, a campanha da Dilma inaugurou as fake news. Eles tiveram algo similar ao ‘gabinete do ódio’. Quem inaugurou as fake news foram Dilma e João Santana. Isso está mais do que comprovado”, declarou Marina, que conviveu com a ex-presidente durante o governo Lula (PT).
A tentativa de comparar a atuação em campanha de Dilma Rousseff – que declarou que se “faz o diabo” numa eleição – com a postura agressiva usada por muitos parlamentares apoiadores do presidente Jair Bolsonaro é parte do discurso que Marina Silva usa desde o final das eleições de 2018.
“O João Santana diz isso em seu próprio livro, ele dedica uma parte para dizer da reunião que tiveram, da decisão que tomaram, de me enfrentar não em uma disputa democrática, mas em uma disputa fraudulenta. É fraude falar mentira, é fraude usar dinheiro roubado para ganhar uma eleição. Então foram eles que inventaram isso”, afirmou a ex-senadora, referindo-se à disputa de 2014, quando chegou a liderar as pesquisas, mas foi alvo de mentiras disseminadas pelos correligionários do PT e terminou fora do segundo turno.