Durante o segundo dia de depoimentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, Nelson Teich, ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro prestou seu depoimento quanto às medidas tomadas pelo governo federal e o envolvimento de certas figuras públicas no mesmo.
O oncologista assumiu o cargo de ministro por um total de 28 dias, e optou por deixar o posto após uma divergência de ideias com o presidente da República, que defendia (segue defendendo) o uso do “tratamento precoce”, composto por medicamentos cuja eficácia é questionada por alguns especialistas, mas defendida por outros.
A CPI foi iniciada com um plano de ação de se ouvir, primeiramente, os ex-ministros da Saúde. Sendo assim, Luiz Henrique Mandetta, outro ex-ministro, também já foi ouvido pela comissão.
Diante disso, durante a sua participação no programa 3 em 1 exibido na última quarta-feira (05), o comentarista político Rodrigo Constantino declarou que a CPI não desperta seu interesse, simplesmente por se tratar de um “palanque eleitoral” na visão do mesmo.
Além disso, Constantino afirmou que Renan Calheiros, o relator selecionado para o colegiado, buscava “arrancar fofocas” do ex-ministro Teich como um meio de se opor ao governo atual.
“O que eu percebi do que eu vi e do que eu analisei é que a palavra-chave foi essa: incerteza. Você tem que tomar certo cuidado ao falar com tanta propriedade sobre temas científicos, ainda mais quando o homem influencia o resultado ao julgar”, declarou.
“Isso é a política fazendo. E o Renan Calheiros tentando arrancar fofocas dele, porque quer, de alguma forma, desgastar o governo. Isso já caiu em total descrédito perante às pessoas sérias”, completou o comentarista durante o programa da Jovem Pan.