Conforme o noticiado pela Tribuna de Brasília na terça-feira (08), a Polônia anunciou a doação de toda a sua frota de caças de combate modelo MIG-29, a fim de que fossem enviados à Ucrânia para serem usados na guerra contra a Rússia. As condições impostas pelos poloneses, no entanto, não foram aceitas pelos Estados Unidos.
Isso, porque, a Polônia não aceitou enviar os caças diretamente para a Ucrânia, mas sim por meio dos Estados Unidos, que lidera a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), um bloco militar composto por nada menos que 30 países. Os EUA, por sua vez, recusou a proposta, alegando “alto risco”.
Segundo o porta-voz do Pentágono, o envio de caças para a Ucrânia poderá desencadear um conflito direto com a Rússia. O presidente russo Vladimir Putin, por sinal, já comunicou que ações desse tipo serão interpretadas pelo Kremlin como uma interferência de outros países na guerra.
“Nesse momento nós acreditamos que mais caças representariam um aumento de capacidade muito pequeno e um risco muito grande”, alegou John Kirby. O porta-voz do Pentágono ainda agradeceu o esforço da Polônia e reforçou que o envios dos caças para a Ucrânia seria uma “possibilidade de irritação à Rússia”.
O presidente da Ucrânia, por sua vez, publicou uma mensagem nesta quarta-feira (09) insinuando que os líderes ocidentais perderam a coragem de enfrentar os russos, voltando a fazer um apelo pelo envio dos aviões de combate.
“Juntos, precisamos devolver a alguns líderes ocidentais sua bravura, para que eles façam o que deveriam ter feito no primeiro dia desta invasão: fechar o céu ucraniano ou nos dar caças para que façamos isso nós mesmos”, afirmou Volodymyr Zelenskyy.