O ataque realizado pelo Irã contra o Estado de Israel, no último final de semana, abriu possibilidade para que os israelenses retaliem o regime islâmico militarmente, algo que autoridades judaicas já dão como certo.
Uma dessas autoridades é o embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan. Durante uma reunião do Conselho de Segurança feita após os ataques do Irã, ele foi taxativo ao defender o direito dos israelenses de responder militarmente ao regime islâmico.
“O ataque de ontem cruza todas as linhas vermelhas, e Israel tem todo o direito de retaliar. Não somos um sapo numa panela fervendo, somos um país de leões”, disse ele, que comparou o regime iraniano ao nazismo, que segundo o embaixador tinha os mesmos objetivos: se expandir pelo mundo destruindo todos os seus inimigos. 1
“Há anos, o mundo vem assistindo à ascensão dos xiitas como foi a ascensão do nazismo. O Irã vem violando às resoluções do Conselho de Segurança e a Carta da ONU há anos. O mundo deve parar as ações criminosas do Irã”, continuou Erdan.
Já o embaixador do Irã, Saeid Iravani, disse que seu país teria agido em legítima defesa, destacando que a reação foi uma resposta ao ataque de Israel ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, onde ao menos sete funcionários, incluindo Mohammed Reza Zahedi, um comandante do alto escalão da elite da Guarda Revolucionária do Irã, e o comandante sênior Mohammad Hadi Haji Rahimi, morreram.
Apesar da acusação contra Israel, o ataque israelense não foi ao solo iraniano. O Irã, contudo, considerou o ataque ao consulado como uma agressão direta ao país.
“A operação do Irã exerceu o direito de autodefesa, como colocado no artigo 51 da Carta da ONU, e reconhecida internacionalmente pelo direito internacional. Essa ação já concluída foi necessária e proporcional. Ela foi precisa e teve alvo apenas militares e feita de forma cuidadosa para prevenir vítimas entre civis”, disse o embaixador iraniano. Assista: