O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que a Rússia testou com sucesso o míssil balístico intercontinental Sarmat, dizendo que a arma capaz de carregar cargas nucleares fará os inimigos do Kremlin “pensarem duas vezes”.
O Sarmat – apelidado de Satanás 2 por analistas ocidentais – está entre os mísseis de próxima geração da Rússia que Putin chamou de “invencíveis”, e que também incluem os mísseis hipersônicos Kinzhal e Avangard.
No mês passado, a Rússia disse que usou o Kinzhal pela primeira vez na guerra para atacar um alvo na Ucrânia, onde tropas russas estão envolvidas em uma operação militar especial desde 24 de fevereiro.
“Parabenizo vocês pelo lançamento bem-sucedido do míssil balístico intercontinental Sarmat”, disse Putin ao Exército em declarações televisionadas nesta quarta-feira, dia 20 de abril.
“Esta arma verdadeiramente única fortalecerá o potencial de combate de nossas forças armadas, garantirá de maneira confiável a segurança da Rússia contra ameaças externas e fará com que aqueles que, no calor da retórica agressiva, tentam ameaçar nosso país, pensem duas vezes”, disse Putin.
O Ministério da Defesa da Rússia disse em comunicado que o teste ocorreu com “sucesso” no cosmódromo de Plesetsk, no norte da Rússia. Segundo o ministério, o míssil entregou ogivas de treinamento ao campo de testes de Kura, na península de Kamchatka, no Extremo Oriente da Rússia.
“O Sarmat é o míssil mais poderoso com o maior alcance de destruição de alvos do mundo, o que aumentará significativamente o poder de combate das forças nucleares estratégicas de nosso país”, disse o ministério.
O míssil balístico intercontinental Sarmat foi projetado para iludir os sistemas de defesa antimísseis com uma curta fase de impulso inicial, dando aos sistemas de vigilância inimigos uma pequena janela de rastreamento, o que o torna extremamente mortal.
Pesando mais de 200 toneladas e capaz de transportar entre 10 e 15 ogivas nucleares, Putin diz que o míssil pode atingir qualquer alvo na Terra. Saiba mais sobre o míssil no vídeo abaixo. Com: The Moscow Times.