Você pode discordar da política armamentista do atual governo, ou concordar plenamente com ela. O que ambos os grupos, apoiadores e contras, devem considerar acima de tudo, no entanto, são os números decorrentes da violência na região onde tais políticas são implementadas.
Apesar de ter vetado a flexibilização para a posse de armas no país durante os governos Lula e Dilma, contrariando o desejo da população manifesto em um referendo realizado em 2005, o Brasil registrou ao longo desses anos uma média de 60 mil assassinatos por ano, com uma população de 210 milhões de pessoas.
Para o leitor ter uma ideia mais precisa, a Europa inteira possui uma população média de 745 milhões de pessoas, e lá são registrados 22 mil homicídios por ano, e isso não tem a ver com a riqueza, meramente. A Indonésia, que é “pobre” e tem 250 milhões de habitantes, registrou 1,2 mil assassinatos, segundo dados de 2014.
E nos Estados Unidos, onde a população é a mais bem armada do planeta, com 322 milhões de habitantes? Foram 15,7 mil homicídios, segundo dados de 2015. Quer consultar você mesmo(a) esses dados? Clique aqui, mas não vá antes de saber que aqui no Brasil temos uma pequena amostra de como a política armamentista (da população) contraria os argumentos dos críticos.
Armamento no Brasil
O especialista em segurança pública Bene Barbosa avaliou o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro no início do ano de 2019, flexibilizando o porte de armas no país. Após o primeiro levantamento dos números de homicídio no país ele observou:
“Depois de tantas flexibilizações e promessas de muito mais mortes, o que temos de concreto, de fato mesmo, é que no primeiro trimestre de 2019 o Brasil teve uma redução de 24% nos homicídios, Santa Catarina, o estado mais armado do país, tem hoje a menor taxa de assassinatos e a cidade de Jaraguá do Sul, sede da segunda maior Festa do Tiro do mundo é a cidade mais segura do país! O resto é balela”.
Com isso, você até pode discordar de possuir uma arma em casa, o que é muito sensato, considerando que não são todos que possuem a capacidade psicológica e técnica pra tal, motivo pelo qual é preciso realizar uma série de exames e treinamento para isso.
Todavia, diante dos números não é possível dizer que tal possibilidade é uma ameaça comprovada à segurança pública, pois os resultados estatísticos mostram o contrário.