A tensão no Leste da Europa vem ganhando novos capítulos à medida que a França e a Rússia trocam acusações. Agora, o chefe do Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia, Sergei Naryshkin, disse que os franceses estão preparando o envio de 2 mil soldados para a Ucrânia.
Segundo informações da agência estatal russa TASS, Sergei não informou quando seria esse envio, mas disse que será em breve, sendo os primeiros milhares de soldados apenas o primeiro de outros envios de ajuda militar humana para a Ucrânia.
O presidente da França, Emmanuel Macron, chamou atenção do mundo ao defender o envio de militares para a Ucrânia, algo que, na prática, significa o envolvimento direto de outros países na guerra contra os russos.
Putin, por sua vez, alertou que se isso acontecer, este poderá ser o início da Terceira Guerra Mundial, mas que este não é o seu desejo. Macron, por outro lado, argumenta que se a Ucrânia perder a guerra contra os russos, toda a Europa estará sob perigo.
“Acho que tudo é possível no mundo moderno”, disse Putin, segundo a CNN. “Mas eu já disse isso e está claro para todos que isso (conflito entre a Rússia e a Otan) será apenas um passo de distância de uma Terceira Guerra Mundial em grande escala. Acho que ninguém está interessado nisto”, completou.
Como faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o envio de militares por parte da França, para a Ucrânia, pode ser interpretado por Putin como um conflito direto com a OTAN, algo que também colocaria outros países da coalisão na mira dos russos.
Outros integrantes da OTAN, porém, já argumentaram que a decisão da França poderá ser isolada, não representando uma iniciativa da organização, cuja política é de resposta contra possíveis ataques a algum dos membros, e não de ataque como iniciativa.