No seio dos debates políticos um dos temas mais discutidos é o comunismo, e grande parte disso tem a ver com a força do pensamento cristão, tendo em vista que essa ideologia tem como essência uma visão contrária à religião, segundo o seu principal propositor, o filósofo alemão Karl Marx.
Diante disso, líderes da Igreja Católica Romana vez e outra têm levantado críticas ao comunismo, lembrando a posição oficial da instituição religiosa sobre o tema. É o caso, por exemplo, do bispo Pedro Pablo Elizondo, de Cancún Chetumal, no México, que viralizou nas redes sociais após fazer uma declaração contundente.
“A Igreja Católica condena o comunismo por ser um sistema ateu, repressor das liberdades fundamentais, que ajuda os pobres a ficarem mais pobres”, escreveu o líder religioso em sua conta no Twitter, em 2 de junho.
O que o bispo escreveu foi uma releitura do Catecismo da Igreja Católica, o qual afirma no número 2425, que “a Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e ateias, associadas, nos tempos modernos, ao comunismo ou ao socialismo”.
A encíclica Mater et Magistra também declara, segundo a ACI: “Entre comunismo e cristianismo, o pontífice declara novamente que a oposição é radical, e acrescenta não se poder admitir de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado”.
Diante da posição oficial da Igreja, ainda assim a ideologia comunista vem dividindo opiniões, inclusive no seio da própria instituição. Pelo visto, o tema está longe de ser pacificado, muito embora aos olhos da teologia cristã tradicional não encontre lugar entre os teólogos ortodoxos.