O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, condenado mais de 15 vezes em diferentes processos da operação Lava Jato com penas que somam mais de 300 anos de prisão, se tornou o pivô de uma grave acusação contra o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e atual ministro da Corte, Dias Toffoli.
Isso porque, segundo Cabral, Toffoli teria cometido o crime de venda de sentenças. Ou seja, quando um juiz cobra propina para fazer julgamentos favoráveis aos réus. A acusação do ex-governador foi divulgada em vídeo esta semana.
“O ministro Dias Toffoli lidera um grupo de pessoas para busca de vantagens indevidas e eu sou testemunha disso, porque eu participei, inclusive, de pagamentos de vantagens indevidas”, afirma o ex-governador na gravação durante um depoimento à Polícia Federal.
Segundo Cabral, as supostas vendas de sentenças teriam movimentado cerca de R$ 4 milhões para o ministro. O ex-governador citou como exemplo o caso de uma prefeita de Bom Jesus de Itabapoana, Branca Motta, que teria conseguido um resultado favorável por causa de um voto de Toffoli na época em que atuou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Por intermédio do José Luix Solheiro, a prefeita Branca Motta também encontrou a solução para conquistar, com vantagens indevidas, o voto do ministro Dias Toffoli no TSE”, disse Cabral, segundo a Jovem Pan. Assista o vídeo abaixo: