Marco Aurélio, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), optou por contrariar seu colega Kassio Nunes Marques ao afirmar que “não é hipocrisia, mas realidade”, a decisão de suspender cultos e missas presenciais no território nacional.
Tal comentário vem da declaração de Kassio Nunes à rede CNN Brasil na última segunda-feira (05), na qual o mesmo chamou de hipocrisia a suspensão dos eventos religiosos, tendo em mente que outros estabelecimentos seguem funcionando.
Desse modo, a avaliação de Nunes abriu espaço para que houvessem questionamentos na corte, levando a mesma a ser rechaçada por outros ministros do Supremo. Dentro deste contexto, Marco Aurélio aproveitou da situação para criticar a liberação de cultos na pandemia, afirmando que “vamos rezar em casa. O melhor altar é o lar”, fazendo também comentários sobre a opinião do seu colega.
“O novato está assanhado, está se sentindo”, declarou Aurélio, que exerce seu cargo no STF a mais de 30 anos e vai se aposentar em 4 de julho desse ano.
Além disso, Aurélio não escondeu seu desconforto com a decisão de Nunes de contrariar o que havia sido estabelecido pela Corte de reforçar, em 2020, a autonomia cedida aos prefeitos e governadores para que adotem as medidas restritivas que julgarem necessárias para conter a pandemia.
Sendo assim, nesta quarta-feira (07) o plenário do STF estará avaliando a situação para determinar se a decisão de Kassio Nunes será mantida ou revertida.